segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Editorial 17/10/2009


As Irmandades das Santas Casas de Misericórdia são as primeiras instituições hospitalares do país. No Brasil, instalou-se em Olinda em 1539, e quatro anos depois, Santos. Eram destinadas a atender aos enfermos dos navios do porto e moradores. Em 1560 foi instalada na cidade de São Paulo.

Após a fundação o Rio de Janeiro também passou a contar com a Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, instalada pelo Padre José de Anchieta para socorrer os tripulantes da esquadra do Almirante Diogo Flores Valdez, aportada à baía de Guanabara em 25 de março de 1582 com escorbuto a bordo. Nesta cidade, ela (Santa Casa) responsabilizou-se, secularmente, pela administração dos cemitérios.

Atualmente, em Pirajuí a Santa Casa de Misericórdia é o socorro da população de média e baixa renda. Mas as coisas estão assombrosas...

Não estão sendo feitos os repasses de verbas (as necessárias, pelo menos) e as grandes doações não acontecem desde 2008. Os gastos são bem superiores às receitas. Não por má administração, mas pela falta de mais dinheiro, mesmo.

Aumentaram o número de habitantes de todas as cidades da região. Consequentemente, os gastos da Santa Casa também. Mas a verba para continuar prestando um atendimento sem passar pelo calote, esta verba, não aumentou. E está escasseando e só manterá o caixa até o fim do ano.

E o prefeito municipal? O prefeito municipal não aparece nas reuniões que buscam soluções para a saúde do município, teve a capacidade de pedir mais uma unidade prisional para a cidade. A cidade não tem condições nem para tratar dos cidadãos de bem, quanto mais àqueles que cometeram algum delito. Isto sem falar que quando tem um encarceirado na Santa Casa para ser atendido, os pacientes tem que esperar. Mas isso é assunto para um outro editorial.

A Santa Casa pede ajuda, e está na hora do município, munícipes e toda a região que precisam de seus trabalhos arregaçar as mangas e socorrer a Casa que tantas vezes acolheu e auxiliou sem preconceito seus pacientes.

sábado, 10 de outubro de 2009

Editorial 10/10/2009


Eram sete as candidatas às Olimpíadas 2016. Das sete, sobrou quatro, Madri na Espanha, Chicago nos Estados Unidos, Tóquio no Japão e o Rio de Janeiro no Brasil.

A escolha foi feita, a festa já começou, mas... e agora? “Agora companheiro” é trabalhar, trabalhar e trabalhar.

Desde o dia 02 de outubro, muitas são as conversas que acercam a vitória do Brasil à sede das Olimpíadas 2016.

Se não bastassem os agouros de vários políticos nacionais, o governador japonês, Shintaro Ishihara, também tentou estragar a festa brasileira. "A apresentação de Tóquio foi claramente a melhor... Mas houve em jogo uma dinâmica visível. Há muito jogo político nos bastidores", afirmou o governador de 77 anos logo após a declaração de vitória à primeira cidade sul-americana a sediar os Jogos.

Mas não é só de problemas que vive as Olimpíadas brasileiras. O governador Sérgio Cabral e o Prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes já anunciaram a apresentação de todos os gastos atraves de site, porém já estima que serão gastos aproximadamente 100 bilhões de reais.

Já para o governador de São Paulo, José Serra, os responsáveis pela vitória carioca são Roberto Marinho e João Avelange. “Lembro quando a idéia foi levantada, há 16 anos, por João Havelange e Roberto Marinho, quando o prefeito era César Maia. A primeira tentativa não foi bem sucedida, mas começou a pavimentar o caminho da vitória em Copenhague. Na segunda tentativa, após perder a disputa para as Olimpíadas de 2012, o Comitê Olímpico Brasileiro prometeu voltar. Voltou, e o Rio levou, com uma campanha coordenada pelo governador Sérgio Cabral e pelo prefeito Eduardo Paes e apoiada pelo presidente Lula”, afirma o Governador.

É... Como sempre todo mundo quer colocar seu dedinho no doce, até quem não tem nada a ver.

Mas e o Lula? Ah, o Lula se emocionou e chorou...

De arrependimento? Não, claro que não! O presidente da república, “O Cara”, “O Lulinha Paz e Amor”, que é consultado pelos governos de outros países e ainda levou o país a sediar três grandes eventos esportivos, Pan, Copa do Mundo de Futebol e agora as primeiras Olimpíadas na América do Sul, chorou de emoção, como revelou ao blog do planalto. “Foi me dando uma recordação de minha vida, das coisas que fomos conquistando e ai me veio a vontade de chorar. Eu acho que quando a gente tem vontade de chorar, a gente chora, precisa parar com esta frescura que homem não chora, que presidente não chora. Também a agente chora, porque a gente tem coração, porque tem sentimento...”

“Para o Brasil conquistar as olimpíadas é algo muito sagrado, é mais do que o Esporte, a conquista de hoje foi como tirar um passaporte quase que especial. O Brasil passou a fazer parte dos países que compõem os que conquistaram as Olimpíadas”, afirmou o Presidente.

O presidente também comentou que com a escolha do Brasil como sede das Olimpíadas o País ganhou reconhecimento mundial, deixando de ser um país de colonizados.

“Nós brasileiros estamos deixando a nossa cabeça colonizada para ter uma cabeça de independência, nós somos donos do nosso nariz. Nós respeitamos todo mundo, mas, nós, sobre tudo, queremos ser respeitados”, concluiu.

É nosso país na esfera Federal e Internacional está indo para frente, mas e os estados e municípios? Estes somos nós os cidadãos comuns que devemos tomar partido e averiguar se já podemos ser considerados campeões olímpicos.

sábado, 3 de outubro de 2009

Editorial 26/09/2009

Apesar da existencia da Lei 11.705 que proíbe a ingestão de bebidas alcoolicas aos motoristas, ainda ocorrem muitos acidentes envolvendo pessoas bebadas. Como os que aconteceram aqui em Pirajuí na semana passada que deixaram duas pessoas feridas.

A Lei de 19 de junho de 2008 modificou o Código de Trânsito Brasileiro. A Lei proíbe o consumo de bebida alcoólica superior a 0,1 mg de álcool por litro de ar expelido no exame do bafômetro em condutores de veículos.

Segundo a Lei é crime conduzir veículos com praticamente qualquer teor alcoólico no organismo. O condutor sofrerá punições que variam da multa até a cadeia. O homicídio praticado por um motorista alcoolizado será considerado doloso, ou seja, com intenção de matar.

No entanto a Lei permite a venda de bebidas alcoólicas nos perímetros urbanos das rodovias federais, mas prevê multa de 1.500 reais para quem comercializá-las nas áreas rurais das estradas. Em casos de reincidência, o valor da multa será dobrado.

Segundo o International Center For Alcohol Policies (Icap), instituição sediada em Washington que pesquisou 92 países, o Brasil uniu-se a outros 20 países que possuem legislação rígida sobre o tema. A lei aqui é mais restritiva do que as de outras 63 nações pesquisadas, mas ainda é superada pelas regras de outros 13 países. Cinco nações têm o mesmo nível de rigor do Brasil: Estônia, Polônia, Noruega, Mongólia e Suécia. Na América do Sul, o Brasil ficou em segundo lugar, atrás apenas da Colômbia, onde o limite é zero. Vizinhos como Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Venezuela, Estados Unidos, Canadá e alguns países europeus – Reino Unido, Alemanha, França, Itália e Espanha são mais tolerantes no assunto.

Mas... A Lei que já nasceu debochada, como na música da dupla Emilio & Eduardo “Lei Seca”: “A lei seca chegou pra valer, nóis aprova, nóis aceita, mas não para de beber”.

Não é só isso que faz a “Lei Seca” não ser respeitada por muitos motoristas, existe também a falta de fiscalização intensiva. Além disso não é obrigatório ao motorista passar pelo teste do bafometro, já que no Brasil ninguém é obrigado a produzir uma prova contra si.

Nesse caso, porém, o condutor sofrerá a mesma punição destinada a pessoas comprovadamente alcoolizadas. Esse, aliás, é um ponto polêmico da lei: a Ordem dos Advogados do Brasil-SP deve fazer uma representação ao presidente da OAB federal para que seja providenciada uma ação direta de inconstitucionalidade, segundo o presidente da Comissão de Trânsito da OAB, Cyro Vidal. Por ora, caso o motorista use a artimanha de se negar a fazer o exame, entrando posteriormente com um recurso na Justiça, a lei prevê que o testemunho do agente de trânsito ou policial rodoviário tem força de prova diante do juiz.

É preciso a conscientização dos motoristas. Lembre-se se beber, não dirija!

Editorial 19/09/09

As descobertas das reservas de petróleo e gás compreendem uma área de 112 mil quilômetros quadrados, que vai do litoral do Espírito Santo ao de Santa Catarina. Desse total, 41 mil quilômetros quadrados, aproximadamente 38% da área, já foram concedidos em licitações realizadas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e, portanto, estão fora do novo marco regulatório divulgado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Pré-sal é uma sequência de rochas sedimentares depositadas há mais de 100 milhões de anos no espaço geográfico formado pela separação dos continentes Americano e Africano, que começou há 150 milhões de anos.

A empresa estatal, Petrobras detém 35 mil quilômetros quadrados do total já concedido, mas ainda, 71 mil quilômetros quadrados da área estão sujeitos a concessão.

O Campo Tupi é a maior descoberta até agora, lá a Petrobras já iniciou o teste de longa duração, com a coleta de dados e de conhecimento técnico para a exploração de toda a área do Pré-sal.

Segundo estudos, o volume está entre 3 a 4 bilhões de barris de petróleo leve e gás natural.

Em novembro do ano passado, a Petrobras concluiu a perfuração de dois novos poços na seção pré-sal do litoral do Espírito Santo e comprovou expressiva descoberta de óleo leve na área denominada Parque das Baleias, ao norte da Bacia de Campos. O volume das descobertas, feitas em reservatórios do pré-sal localizados abaixo dos campos de óleo pesado de Baleia Franca, Baleia Azul e Jubarte, é estimado entre 1,5 bilhão e 2 bilhões de barris de petróleo e gás.

Mesmo com todos estes números positivos, o economista do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Antonio Barros de Castro acredita que o Brasil precisa usar os recursos do pré-sal para ampliar seus investimentos em pesquisa, ciência e desenvolvimento tecnológico se não quiser perder espaço no comércio mundial.

"É claro que o Pré-sal é importante, mas eu acho que se pensar em aumentar o valor agregado do petróleo é uma discussão muito pobre", anunciou o economista aos jornalistas do O Globo, após participar do Fórum Nacional Especial, do INAE.

Do lado governista, o senador Aloísio Mercadante (PT), declarou que o Pré-sal será uma revolução na história econômica do país.

"Os EUA importam quase 14 milhões de barris ao dia; China e Índia também compram grandes volumes. Temos a vantagem de ter o Pré-sal. O petróleo ainda vai ter muita importância nas próximas duas décadas", acredita o senador.

E nós ficamos aqui na espera, só três estados brasileiros fazem parte desta bacia, os outros estão de fora, mas se tudo correr bem entre senado, câmara e presidência, o petróleo só deve começar a jogar daqui a 10 anos, será que até lá o petróleo continuará sendo o “ouro negro”?

Editorial 12/09/2009

Enquanto o PSDB fala contra os atos feitos pelo presidente Lula (PT) sobre a próxima eleição para Presidente, o governador do Estado de São Paulo, José Serra, monta um esquema para se eleger ao cargo máximo do país.

Utilizando artimanhas que poderiam angariar votos como bolsas de estudo para os funcionários públicos. O decreto existe, mas pode ser chamado de “letra morta”, já que as bolsas de estudo para ensino superior, dadas aos Agentes de Segurança Penitenciária (ASP) e Agentes de Escolta e Vigilância (AEVP) não são para todas as classes, já que segundo os últimos editais de concurso os únicos que poderiam alcançar o benefício, 400 reais, seriam os AEVP classe I, devido a sua faixa salarial. Isto é, uma mínima parcela dos servidores. E assim que o agente mudar de classe perde a bolsa.

Outra coisa que chamou a atenção para o governador estadual foi o fato que no programa Fantástico do dia 30 de agosto, Rede Globo, um repórter conseguiu comprar uniformes da Polícia Militar em diversos estados, menos em São Paulo.

Um dos fatores que poderiam ajudar ao Governador, mas não se engane. Logo após a matéria mostrada na “Revista Eletrônica” o deputado estadual, Vanderlei Siraque (PT), autor da lei que proíbe a venda de uniformes, lembrou durante sua explanação em assembléia que a lei foi vetada pelo governador, em 2003, voltando para a Casa, onde foi sancionada. Segundo a defesa do Governador ele acreditaria que o documento se tratava de uma lei inconstitucional. Mas a lei está valendo!

E ainda vem alguém me dizer que as prioridades do governo do estado são Segurança, Educação, Saúde, Moradia e Transporte. Só se for o sucateamento destes setores e posterior terceirização.

Eu realmente acredito nestas prioridades do governo do estado. Vejamos... o transporte foi o primeiro neste mandato a ser privatizado e ao invés de melhorar só estão aumentando os buracos e claro, os pedágios; inclusive com reformas e ampliações das praças de pedágio a todo vapor (Será que os políticos estarão presentes no dia da inauguração dessas praças?). E o povo, que já paga um montão de impostos, para ter uma boa estrada paga duas vezes. Já que político que se preze anda de avião e que eu saiba, lá não tem buraco. E se estiverem em serviço, tudo será custeado pelo governo. Ainda nos transportes, temos o buraco do metrô na estação Pinheiros, Capital. Como andam as ações judiciais dos moradores afetados e dos funcionários da empresa construtora daquela linha? As Ampliações do metrô serão usadas como propaganda governamental? Aliás, que ampliações? O governo tem sido atencioso com as pessoas afetadas pela obra?

Já na saúde, o governador do estado pretende em breve fazer o mesmo, (já fez em algumas áreas do Conjunto Hospitalar do Mandaqui, conforme encontrado no Diário Oficial, Poder Legislativo, pg 24, 03/04/2009, denunciado pelo SindSaude, para quem quiser conferir) um projeto de lei da autoria do governador, cuja relatora é a dep. Maria Lucia Amary (PSDB), visa autorizar os hospitais a atender aos planos de saúde, mediante pagamento. Agora eu pergunto: Quanto tempo o paciente que paga um plano de saúde vai ficar na fila? Ou teremos duas filas: contribuinte e planos de saúde?

Pasmem, conforme publicado na Folha OnLine, de 03/09/2009, “criará um tratamento diferenciado para os pagantes” e é “polêmica na questão da venda de até 25% dos atendimentos dos hospitais públicos terceirizados a pacientes particulares e de planos de saúde”, mas o governo argumenta que os pacientes "continuarão a ser atendidos normalmente, conforme a produção prevista em contrato de metas [das OSs] com a Secretaria [da Saúde]". Normalmente?

O que o governo quer dizer com “normalmente”? Anote aí: neste projeto também estão incluídas as instalações estaduais culturais e de esportes estaduais, que estas também sejam terceirizadas, como os museus e os clubes.

Só lembrando que as pessoas que tiveram gripe suína foram muito bem atendidas pelos funcionários dos postos de saúde. Aliás, fato: a maioria das mortes por gripe suína deu-se na rede privada de saúde. Vai ver que é por isso que ele quer privatizar.
Bem, já diz o slogan: É o Governo de São Paulo judiando de você!”

Editorial 05/09/2009

Quando se fala em Brasil e Argentina, alguns pensam em bases políticas, ou quem sabe em desfile de moda, mas com certeza a maioria vai sempre pensar em futebol.

Em todos os jogos em que as duas seleções se apresentarão, os espectadores mais afoitos se emocionaram com as decisões quase sempre dramáticas que até receberam o nome de batalhas campais. Talvez por isso seja tido como um dos maiores clássicos sul-americanos, mas quem sabe se não é do mundo?

Uma das maiores dores dos fanáticos torcedores brasileiros talvez seja lembrar a reação brasileira nas ultimas décadas no fato de que Zagallo, como técnico, jamais havia perdido para a Argentina até o confronto de 29 de abril de 1998, em pleno Maracanã. E como a pequena diferença de 1x0 para a AFA acabou com a invencibilidade de Zagallo contra países sul-americanos.

Mas desde a década de 70 os jogadores brasileiros foram aos poucos aproximando as diferenças entre as duas seleções que havia em favor da Argentina. Examinando algumas histórias sobre futebol na internet pode-se averiguar o tamanho do obstáculo que os argentinos sempre representaram para o futebol dos brasileiros.

Em 114 partidas com a camisa do Brasil, Pelé só sofreu 12 derrotas - e quatro delas foram contra a Argentina. O grande Jair Rosa Pinto, cuja carreira profissional começou em 1938 e terminou em 1963, ganhou dela uma partida (por um apertadíssimo 3 a 2) e perdeu cinco (uma por 5 a 1 e outra por 6 a 1). E Tim, um dos craques mais notáveis na sua geração, jamais ganhou dos argentinos.

A seleção afanista já ganhou 14 campeonatos sul-americanos; enquanto a “amarelinha” apenas oito, sendo que os quatro primeiros foram em casa (e em um deles, 1949, não tivemos que enfrentá-los).

Já em nível de mundiais a coisa muda de figura. A vantagem é brasileira, tanto no número de conquistas quanto no confronto direto. Durante as Copas do Mundo os eternos rivais já se cruzaram quatro vezes, com duas vitórias do Brasil, um empate e uma derrota.

Mas, a maior demonstração de superioridade brasileira em tempos recentes é que, desde 1993, quando a Argentina conquistou o seu último titulo, o da Copa América, o Brasil já conquistou oito títulos importantes: as Copas do Mundo de 1994 e 2002, as Copas América de 1997, 1999, 2004 e 2007, e as Copas das Confederações de 1997 e 2005. Nessas conquistas, incluem-se três vitórias sobre a Argentina na final, sendo duas delas por goleada. E hoje, esperamos não ser diferente!