Com um total de 76 votos a chapa do contabilista Darci Álvaro Marques foi eleita para ser a nova provedora da Santa Casa de Pirajuí. Com essa eleição acaba o impasse que se arrastava há mais de dois meses.
O conflito começou em outubro quando o então provedor da Santa Casa Eduardo Volpato anunciou as dificuldades pelas quais a entidade vinha passando com a demora dos repasses da prefeitura.
Na época, o provedor que terminará seu mandato em 30/12 afirmava que os repasses que a Santa Casa recebia eram muito menores que as despesas. “A entidade só tem caixa para chegar ao fim do ano”, explicava Volpato.
A primeira a sofrer cortes foi a obstetrícia, e entre o dia 15 ao dia 28 de outubro não nasceu nenhum pirajuiense.
O Alfinete publicou em sua edição n°533 um ofício emitido pela entidade. Segundo ele o faturamento consistia em aproximadamente 77 mil reais por mês, isto somando recebimentos da Santa Casa, SUS, Convênios e Pronto Socorro. Mas as despesas da entidade chegavam a 104.245 reais.
Antes da publicação da matéria já haviam sido realizadas 10 reuniões, buscando soluções que poderiam ser tomadas para suprir as despesas da Santa Casa de Misericórdia de Pirajuí.
Nesse período foi cobrada a presença do prefeito que não se pronunciava e nem se apresentava nas reuniões, acabando sendo considerado uma pessoa omissa às dificuldades da população.
Já no dia 27 de outubro, vários membros da Irmandade da Santa Casa de Pirajuí, vereadores e a vice-prefeita estiveram reunidos na Loja Maçônica, em Pirajuí. Para variar, o prefeito não estava presente, deixando muitas pessoas indignadas com sua falta de preocupação.
Nessa reunião, apesar de não terem chegado a nenhuma solução, a Irmandade da Santa Casa recebeu a proposta de mudar a administração da entidade para a prefeitura municipal ou para o Frei Francisco Belotti.
Mas foi na penúltima reunião que a história estava prestes a mudar. Mesmo sem a presença do prefeito e vice-prefeita de Pirajuí, a Irmandade se pronunciou sobre o encerramento do mandato da diretoria administrativa, a eleição da nova diretoria e a possível transferência da administração para outro órgão.
Nessa reunião foi anunciado que, apesar das duas proposições para a nova administração da Santa Casa, Frei Francisco já havia se pronunciado e não assumiria a Santa Casa.
Durante a reunião os irmãos afirmaram que não entregariam a Santa Casa para a prefeitura.
No dia 01 de dezembro o novo provedor passou a manhã na Santa Casa reunindo-se com os diversos setores da entidade a fim de tomar ciência da atual situação.
A chapa concorrente que obteve 22 votos tinha como candidato o investigador de polícia José Emílio Marmol.
Ao final da reunião que elegeu Marques, a senhora Eva Carneiro fez um breve comentário sobre a Santa Casa e deu um puxão de orelha na sociedade, pedindo mais participação da comunidade na busca de soluções, ao invés de ficar apenas reclamando e culpando os outros pelas dificuldades.
José Emilio Marmol se pronunciou parabenizando a chapa vencedora e se colocou à disposição, já que o lema de sua campanha era: “A Santa Casa é Nossa!”
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