sábado, 28 de novembro de 2009

07/11/2009



Em paredes das cavernas onde viviam formas humanóides, é possível apreciar diversas figuras que representam o dia-a-dia daqueles seres. Estes desenhos eram feitos com rituais que até hoje, alguns povos ainda praticam. Eles ajudavam, segundo a crença, na caça e pesca para a alimentação da família, mas também representam outras ações de extrema importância para aqueles povos.

Hoje, o homem continua buscando estas formas de expressão, talvez, segundo nossa concepção um pouco mais evoluída.

Além da pintura, escrita e dança, os seres humanos se expressam através da música.

Muitos são os gêneros, já que cada ser humano tem uma preferência, um gosto. Mas as músicas apresentadas por orquestras, big bands e bandas de música andam esquecidas. Mas não pense que é pelo público, pois estes lotam praças para ver e ouvir as músicas e lembrar o tempo da boa música.

Quem esquece são os ditos como cultura. Os secretários de cultura acreditam que o povo gosta mais de AXÉ, CALIPSO, gêneros estes que são empurrados garganta abaixo da população pela mídia, do que músicas clássicas e consagradas. Neste caso a população é bastante eclética, quem tenta fazer sua opinião é que estraga.

O “esquecimento” vem de prefeituras que querem que “suas” bandas toquem, mas não dão base às formações músicais e dos empresários que não apóiam a iniciativa, ou mesmo desconhecem leis federais como a Rouanet que diminui ou até mesmo isenta de imposto os apoiadores de cultura.

É o caso da Big Band que tenta renascer das cinzas, como a Fênix, e busca trazer antigos músicos da cidade de Bauru aos palcos, dando uma nova oportunidade ao seu público sedento de boa cultura musical. Regida pelo maestro Fernando Paschoal, a orquestra tem um projeto aprovado pelo Ministério da Cultura (Minc) e por meio da Lei Rouanet, art 18 permite a dedução de 100% do valor da doação ou patrocínio, respeitando os limites do imposto devido do incentivador.

Já em Pirajuí a situação é outra. Apesar da Banda Municipal 29 de Março ser do município, como diz seu nome, as dificuldades enfrentadas pela regente Rosilene Bortoloti Góis, não estão apenas em patrocínio. A Banda que já tem uma linda história de apresentações pela região, mas tem dificuldades com os instrumentos que já têm 30 anos e ainda não possui um uniforme.

Mas isto não tira de forma alguma a luz que a Banda 29 tem. É muito bom ver os olhinhos iluminados das crianças que participam, aos domingos, das apresentações em frente à prefeitura de Pirajuí.

A estes profissionais, regentes, músicos e dançarinos, que lutam por este tipo de cultura, em nossa região, nós, d’O ALFINETE só temos a agradecer e pedir que não parem nunca.

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